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A Flor de Lis é simbolicamente identificada à Íris e ao Lírio. Luís VII, o Jovem (1147), teria sido o primeiro dos reis da França a adotar a íris como seu emblema e a servir-se da mesma para selar as suas cartas-patentes, e como o nome Luís se escrevia na época Loys ou Louis, esse nome teria evoluído de “fleur-de-louis” para “fleur-de-lis” (flor de lis), representando com as três pétalas a Fé, a Sabedoria e o Valor.
A verdade, mesmo observando a grande semelhança entre os perfis da íris e da flor de lis, é que o monarca francês apenas adotou o símbolo de grande antiguidade na heráldica da França (refere-se á ciência e a arte de descrever os brasões e escudos), pois que ele já aparece em 496 d.C., quando um Anjo apareceu a Clovis, rei dos Francos, e lhe ofereceu um lírio, acontecimento que concorreu para a sua conversão ao Cristianismo.
No ano 1125 a bandeira de França apresentava o seu campo semeado de flores de lis, o mesmo acontecendo com o seu brasão de armas até ao reinado de Carlos V (1364), quando passaram a figurar apenas três. Conta-se que este rei teria adotado oficialmente o símbolo como emblema para honrar a Santíssima Trindade. Mas o lírio estilizado flor de lis é planta bíblica, anda associada ao pendão do rei David e igualmente à pessoa de Jesus Cristo (“olhai os lírios do campo...”); também aparece no Egito associado à flor de lótus, e igualmente entre os assírios e os muçulmanos. Cedo se torna símbolo de poder e soberania, da Realeza que se faz por investidura Divina o que leva a também simbolizar a pureza do corpo e da alma. Por isto, os antigos reis europeus eram divinos por sagração direta da Divindade na pessoa da Autoridade Sacerdotal, e para o serem teriam, em princípio, que ser justos e perfeitos ou puros, como o foi a Virgem Maria, “Lírio da Anunciação e Submissão”.
No reinado de Luís XVI de França, a flor de lis dos Bourbons tornou-se o símbolo das prostitutas e ladrões, e quando algum malfeitor era preso, marcavam-no a fogo com esse símbolo.
O símbolo foi apresentado na moderna ficção sobre temas históricos e místicos, como no best-seller O Código Da Vinci e outros livros discutindo o Priorado de Sião. Ela repete na literatura francesa, onde exemplos bem conhecidos incluem a flor-de-lis em personagens de O Corcunda de Notre Dame de Victor Hugo, e de referência em Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas ao antigo costume de marcar com um sinal o criminoso.
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