13 de junho de 2009

HÔTEL DES INVALIDES








Hôtel National des Invalides, ou Palácio dos Inválidos, é um enorme monumento parisiense, cuja construção foi ordenada por Luis XIV, em1670, para dar abrigo aos inválidos dos seus exércitos. Hoje em dia, continua acolhendo os inválidos, mas é também uma necrópole militar e sede de vários museus.


Entre as personalidades ilustres lá sepultadas encontra-se Napoleão Bonaparte.


O Rei Luís XIV precisou, tal como os seus predecessores Henrique III e Henrique IV, de assegurar auxílio e assistência aos soldados inválidos dos seus exércitos; para que "aqueles que expuseram as suas vidas, derramaram o seu sangue pela defesa da monarquia (...) passem o resto dos seus dias na tranquilidade (ceux qui ont exposé leur vie et prodigué leur sang pour la défense de la monarchie (...) passent le reste de leur jours dans la tranquillité), diz o édito Real de 1670.


No dia 15 de Julho de 1804 teve lugar na capela dos Invalides a primeira entrega das condecorações da Legião de Honra, por Napoleão Bonaparte, aos oficiais meritórios, numa faustosa cerimónia oficial.


O edifício foi dotado desde muito cedo de funções museográficas: Museu da Artilharia em 1872 e Museu Histórico dos Exércitos em 1896, reunidos como Museu do Exército (Musée de l'Armée) em 1905.


Hôtel des Invalides ainda acolhe presentemente uma centena de reformados e inválidos dos exércitos franceses. A administração encarregada desta missão é o Instituto Nacional dos Inválidos (Institut national des invalides).


A capela do Hôtel des Invalides, concebida para acolher os pensionistas dos Invalides, foi elevada à categoria de Cathédrale. É a sede do Bispo Católico dos Exércitos.


Napoleão I repousa sob a cúpula, na companhia dos seus dois irmãos, Joseph e Jérome Bonaparte, e do seu filho, o "Filhote de Águia".


A cúpula dourada dos Inválidos constitui um dos pontos de referência da paisagem parisiense.






O alinhamento dos canhões na esplanada é altamente simbólico. Esses canhões estão, efetivamente, apontados ao Palais de l'Élysée para lembrar ao seu locatário que na França o soberano é o povo, e que este pode a qualquer momento retomar as armas.







Napoleão Bonaparte foi sepultado no dia 15 de Dezembro de 1840, sob a Monarquia de Julho, cujos líderes procuravam reunir os partidários do Imperador defunto. As cinzas de Napoleão foram colocadas num monumental sarcófago, ele próprio colocado numa cripta construída no centro da capela Saint-Louis.


Curiosidade:

Napoleão foi enterrado sem o pênis, amputado horas depois de sua morte. Depois de 170 anos a exótica relíquia apareceu nos Estados Unidos, guardado por John Lattimer, professor de Urologia da Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque.

A amputação teria sido feita pelo médico francês Francesco Antommarchi, despachado para Santa Helena para cuidar da úlcera de estômago que acabou por matar Napoleão. Antommarchi, um anatomista que pouco entendia de doenças, irritou o intempestivo corso, que o recebia a cusparadas e insultos. "Foi a vingança do médico", disse Lattimer.

Embora seja provável, não está provado que tenha sido o médico que fez a
autópsia, Dr. Francesco Antommarchi, a subtrair o orgão genital de Napoleão. Na sala estavam presentes dezessete testemunhas, sete médicos ingleses, duas criadas de Napoleão, um padre de nome Vignali e ainda um servo árabe de nome Ali. Há, portanto, 29 suspeitos.

O seu filho François Bonaparte (igualmente chamado de Napoleãon II, "o filhote de Águia" ou Duque de Reichstadt) foi ali sepultado, em 1940, como presente de Adolf Hitler à França.


Joseph e Jérôme Bonaparte, irmãos do Imperador, foram enterrados em duas alcovas laterais.
Para conservar o traço das tradições do exército, os seus troféus e objetos de vida quotidiana dos soldados, foi criado em 1896 um Museu Histórico do Exército (Musée Historique de l'Armée). Este viria a ser fundido com o da Artilharia em 1905, formando o atual Museu do Exército (Musée de l'Armée).


Depois do final da
Segunda Guerra Mundial, durante a qual os Inválidos esconderam uma rede de resistência em 1942, o Museu foi aumentado com a Ordem da Libertação (Ordre de la Libération) e o Museu de História Contemporânea (Musée d’Histoire Contemporaine).

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