5 de junho de 2009

PIERRE PAULIN




Esse post é em homenagem a Julia. Como este vários outros designers franceses virão. Selecionei Pierre Paulin, pois estamos colocando poltronas no Mar Ipanema e me veio a curiosidade de saber quem desenhou a Cadeira Tulipa. A foto desta cadeira está neste post. Ela é a de cor preta.

Pierre Paulin (1927) é considerado um dos mais importantes designers franceses de meados do século XX. Em 1956 Paulin encontrou o apoio necessário para realizar a produção de seus projetos. Em sua busca pela simplicidade e recusa a efeitos líricos, sua inovação encorajou a adoção de um estilo de vida. Paulin foi responsável pela criação do mobiliário do gabinete presidencial de Françoies Mitterrand, em 1983.

Depois de completar 80 anos em 2007, Pierre Paulin revela-se ao mundo como um expoente máximo do Design contemporâneo francês.

Só tardiamente foi reconhecido, apesar de uma carreira invejável de colaborações profissionais ao mais alto nível.

Naturalmente tímido, exageradamente humilde e lúcido sobre a qualidade do seu trabalho, recusou sempre publicidade cujo deslumbramento poderia ofuscar a grandeza e simplicidade da sua obra.

A Artifort, marca holandesa com quem este prestigiado designer colaborou ao longo dos últimos 50 anos, presta-lhe uma homenagem sem precedentes.

A verdade é que a Artifort deve a Pierre Paulin grande parte da sua consagração como marca, e pode dizer-se sem grande exagero que por muito tempo a sua imagem estará irremediavelmente ligada a ele.

Influenciado pelo seu tio Georges Paulin, engenheiro e designer notável que desenhou o primeiro carro sem capota para a Peugeot em 1931, Pierre Paulin interessa-se pelo design depois de um período de grande indecisão em que teria tentado estudar engenharia e mesmo escultura, a sua primeira paixão.

Nos anos 50 descobre o Design holandês, depois o design escandinavo e o seu raio de interesses alargam-se a Alvar Aalto; Saarinen e Charles and Ray Eames por cujo trabalho irá nutrir uma profunda admiração.

Pierre Paulin descobre nos Eames o poder da emoção irradiada por um novo design técnico e racional.

Começou por trabalhar com a Thonet e foi em 1958 que Hans Wagemans o convidou a fazer uma apresentação para a Artifort. Entre tantos outros designers, foi sobre Pierre Paulin que todas as atenções recaíram.

A colaboração que nesta fase se inicia com a Artifort, é o perfeito exemplo da melhor colaboração entre uma marca editora de design e um criador pioneiro da qualidade de um Pierre Paulin.

A Artifort permitiu a Pierre Paulin desenvolver uma aprofundada pesquisa sobre têxteis “stretch” em malha de Jersey, que teria permitido estofar os seus modelos inspirados em formas naturais, arredondadas e sensuais.

É desta época a edição da Oyster Chair, um verdadeiro ícone do design que se mantém em produção até hoje.

Segue-se a Orange Slice Chair.

Da observação de duas cascas de laranja nasce o que é hoje em dia uma das mais reconhecidas poltronas da Artifort.

A partir daí segue-se uma fase de grande fôlego criativo.

Entre inovação e provocação deliberada, surgem uns atrás dos outros os ícones que marcarão a associação à Artifort.

Modelos como a Mushroom Chair, a Rabino Chair ou a Tangue, são as versões mais aplaudidas entre tantas outras criações desta fase e fazem parte do portfólio da Artifort, ainda em produção aos dias de hoje.

Apesar da incontornável reputação como designer de produto, Pierre Paulin esteve sempre ligado a inúmeros e não menos importantes projetos de Design de Interiores.

Destacam-se o apartamento do presidente francês Georges Pompidou no Palais de L’Elysées ou os escritórios da Christian Dior.

O PEQUENO PRÍNCIPE - ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY


O Pequeno Príncipe é um livro escrito pelo autor, jornalista e piloto francês Antoine de Saint-Exupéry. Foi escrito em 1943, um ano antes de sua morte. É sua obra mais conhecida.
É o livro francês mais vendido no mundo, cerca de 80 milhões de exemplares, e entre 400 a 500 edições. Do lado de fora parece ser um simples livro para crianças.
O Pequeno Príncipe é na verdade um livro profundo, escrito de forma enigmática e metafórica. Um livro poético e filosófico sem igual. Esse livro foi traduzido para muitas outras línguas, sendo seu original em francês. Também dele foram feitos histórias para serem ouvidas, filmes e desenhos animados, além de adaptações.


Apresenta personagens plenos de simbolismos: o rei, o contador, o geômetra, a raposa, a rosa, o adulto solitário e a serpente, entre outros. O pequeno príncipe vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto. Tinha também uma flor, uma formosa flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranqüilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu descobrir o segredo do que é realmente importante na vida.

É uma obra que nos mostra uma profunda mudança de valores, que ensina como nos equivocamos na avaliação das coisas e das pessoas que nos rodeiam e como esses julgamentos nos levam à solidão. Nós nos entregamos a nossas preocupações diárias, nos tornamos adultos de forma definitiva e esquecemos a criança que fomos.

Antoine de Saint-Exupéry (1900 - 1944)

Antoine de Saint-Exupéry nasceu em Lyon, França em 29/06/1900 e morreu em 1944 (local ignorado). Foi aviador de profissão e escritor por devoção. Foi piloto do correio aéreo que na década de 30 voava das possessões francesas na África para Argentina e Chile, fazendo escala em Natal, o ponto sul-americano mais próximo do continente africano.
Um dos pioneiros da aviação comercial francesa. Organizou as linhas da Patagônia e empreendeu vôos de Paris à Saigon e de New York à Terra do Fogo. Atuou de maneira intensa durante a 2ª Guerra Mundial unindo-se à aviação Aliada em 1942. De espírito audaz, sentia-se melhor do que nunca quando estava no ar e, de preferência realizando os vôos mais arriscados. As experiências que viveu em suas missões heróicas, soube transportar para seus livros de maneira profunda. Seu livro mais conhecido O Pequeno Príncipe é um convite à reflexão para que as pessoas se humanizem, se cativem e se percebam.

Antoine foi oficialmente contra o governo nazista. Quando o Pequeno Príncipe foi publicado em 1943, a França estava ocupada pelo exército alemão. Saint-Exupéry foi muito ativo na Resistência Francesa, e seu livro "Flight to Arras" foi proibido na França, ocupada em 1942 pela Alemanha.

Exupéry enfrentou problemas delicados de saúde que o impediam de continuar voando. Mas para ele, não voar significava não viver. Contrariando ordens médicas, em 1944 decolou pela última vez rumo ao infinito. Deixou nosso planeta quando seu avião foi derrubado por um piloto alemão. Seu avião jamais foi encontrado.

Numa carta encontrada na sala de Antoine depois que seu avião desapareceu, ele tinha escrito o seguinte:

"Eu não me preocupo se eu morrer na guerra (...) Mas se eu voltar vivo desse 'trabalho' ingrato, mas necessário, haverá apenas uma questão para mim: O que dizer da humanidade? O que dizer para a humanidade?"

Na certa, as edições em alemão de O Pequeno Príncipe são parte das respostas para sua questão. Alguém tem que mostrar aos Homens o que é realmente importante, em qualquer língua, sendo que a língua e o país realmente não são o mais importante.

É apenas com o coração que se vê bem. O essencial é invisível aos olhos.
Antoine de Saint-Exupéry