22 de junho de 2009

A HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA







A arte da fotografia nasceu em 1822, quando o físico francês Nicéphore Niepce (1765-1833), eternizou a primeira imagem da realidade em uma chapa de metal. Logo depois, uma coincidência: o francês Louis Daguerre (1787-1851) e o britânico William Henry Talbot (1800-1877), anunciaram, separadamente, em janeiro de 1839, suas descobertas sobre engenhocas que tiravam fotos de pessoas, cenas e paisagens.

Sempre houve polêmica em torno da paternidade das grandes invenções e com a fotografia não poderia ser diferente. Os ingleses, que reivindicam a invenção da máquina fotográfica, argumentam que o processo "negativo-positivo" criado por Talbot foi o único que atravessou os anos, tornando-se a base da moderna fotografia. Foi de Talbot a primeira foto reproduzida em papel (talbótipo), em 1834.

Para colocar mais calor na discussão, alguns historiadores brasileiros garantem ter provas irrefutáveis de que a fotografia foi inventada no Brasil, em 1833, por outro francês, Hercule Florence, que se utilizou de uma câmara escura. D Pedro II, o nosso Imperador fotógrafo, deu à fotografia o status de arte, sendo ele o responsável pela preservação de grande parte de nossa memória visual do século XIX.

Discussões à parte, não se pode contestar a criação de Niepce nem a importância de Daguerre, este considerado por muitos o precursor da fotografia, que se associou ao mesmo Niepce para aperfeiçoar a invenção. No ano de 1833 Niepce morreu e Daguerre continuou sozinho. Em 1838, obteve os seus primeiros "daguerreótipos". O sistema criado por Daguerre constava de uma fotografia, que era revelada sobre uma placa de cobre polida e que, depois de certo tempo, perdendo sua coloração, ficava brilhante, dando a impressão de ter sido revelada sobre uma lâmina de espelho. A primeira impressão que se tem ao olhar pela primeira vez para um daguerreótipo parece ser uma obra inacabada, assim como um negativo comum de filme.

O daguerreótipo caiu em desuso em 1854, quando o inglês Frederic Scott Archer inventou as placas de vidro recobertas por uma película transparente de colódio com iodeto, banhadas com nitrato de prata. Em 1864, B. J. Sayce e W.B. Bolton descobriram a preparação de uma emulsão de brometo de prata em colódio, o que representou um grande passo à frente nas pesquisas, com maior avanço na mesma década, quando C. Russell produziu as placas secas de brometo de prata.

Foi impressionante a evolução tecnológica das câmaras fotográficas. Desde o primeiro daguerreótipo, onde a chapa era batida e revelada dentro da máquina, até chegar às câmaras digitais de hoje, houve grande avanço industrial. Depois do daguerreótipo, surgiram as câmaras de Bertsch (1860), a Express Detective - câmara de reportagem usada por Félix Tourmachou Nadar, em 1890. Foi Nadar quem fez as primeiras fotos aéreas da história. Em 1870, surge o melanocromoscópio de Louis Ducos du Hauron, que inaugurou a fotografia a cores. Os irmãos Auguste e Louis Lumière, inventores do cinematógrafo (1895), foram também os criadores da placa autocromo, em 1903, o que fez surgir o primeiro processo comercial da foto a cores. Em 1914 a Eastman Kodak fabricou o primeiro filme pancromático, de emprego generalizado a partir de 1925. A evolução das câmaras não parava e logo o alemão Hans Hass criou uma máquina estanque e inaugurou a fotografia submarina. A barreira da transmissão foi vencida em 1930, quando foram inventados os belinógrafos portáteis que permitiram o envio das radiofotos. Não demorou muito a ciência passou a se utilizar da fotografia em suas pesquisas, o que aconteceu na mesma década de 1930, quando a luz negra, também conhecida como luz de Wood, foi inventada pelo físico norte-americano Robert Williams Wood (1868-1955).

Desde que foi inventada, a fotografia tornou-se responsável pela documentação e conseqüente memória de muitos acontecimentos e fatos históricos, registrando imagens importantes para a humanidade ou mesmo guardando os momentos felizes da família comum. Foi longo o caminho percorrido desde a foto em preto e branco da natureza morta Mesa Posta, em 1822, por Nadar, até a foto colorida dos sapatos de J.R Duran. Enquanto a foto de Nadar, obtida em positivo, teve que esperar mais de 8 horas para ser revelada numa solução de betume-da-judéia com óleo animal, sobre uma base de vidro, a fotografia de Duran foi revelada em poucos minutos, graças ao sistema Polaroid criado em 1948. Hoje, micro câmaras revelam segredos do interior do corpo humano e satélites orbitando no planeta Júpiter mandam imagens instantâneas e nítidas do espaço para a Terra. Mas, isso já não é mais história ...

INSTITUTO DO MUNDO ÁRABE




Em frente ao Rio Sena e não muito longe da Catedral Notre Dame, em Paris, fica uma das obras primas da arquitetura contemporânea, o Instituto do Mundo Árabe (IMA), com seus 16 mil metros quadrados de aço e vidro. O prédio, projetado pelo arquiteto francês Jean Nouvel, é um centro cultural criado a partir de uma joint venture entre a França e as nações árabes. Ele surgiu para ser uma vitrine da cultura dos países do Oriente Médio, mostrando suas tradições, arte e civilização.

Foi em novembro de 1981 que Jean Nouvel venceu o concurso para a construção do Instituto do Mundo Árabe, em Paris. Depois de seis anos, a obra horizontal estava concluída, conquistando a consagração internacional. A partir daí, Nouvel contabilizou mais de 200 projetos pelo mundo, em países como Estados Unidos, Rússia, China, Japão, Israel, além de toda a Europa. “Eu me interesso por uma arquitetura que reflete a modernidade de uma época, em oposição ao repensar das referências históricas”, diz Nouvel. “Por isso meu trabalho é calcado no momento que estamos vivendo, nos novos materiais e técnicas e no que eles são capazes de criar”.



Os mosaicos da fachada são elaboradas engrenagens de metal que funcionam graças a células fotossensíveis controladas por computador. Conforme a luz que incide do exterior, eles se abrem ou se fecham. As sombras projetadas são um espetáculo a parte.