Em 1984 a atriz inglesa Jane Birkin viajava ao lado de Jean-Louis Dumas, herdeiro e então presidente da HERMÈS, num vôo entre Paris e Londres. Jane reclamou que não existia no mercado uma bolsa grande e prática o suficiente para a vida da mulher moderna. Meses mais tarde surgiria a Birkin, baseada em um modelo original do fim do século 19- o mesmo que deu origem à bolsa Kelly, uma homenagem à princesa Grace Kelly e campeã de vendas da Maison.
Uma Birkin custa pelo menos 5,5 mil euros. Apenas cinco exemplares são feitos por semana no ateliê da cidade francesa de Patin. Um único artesão leva 25 horas para construir o modelo, que deve apresentar duas alças, fecho com logotipo gravado, cadeado, correia de couro horizontal e tachas na base. O tipo de couro e a cor têm impacto no preço. Laranja, o tom símbolo da maison, é um fetiche.
Jane Birkin declarou certa vez que a fama da bolsa tinha ultrapassado a sua própria: "Agora, quando minha filha (a atriz Charlotte Gainsbourg) vai para a América, eles perguntam-lhe se ela é a filha da bolsa."
Nos últimos anos a bolsa ficou cada vez mais conhecida (e desejada) por causa do grande número de celebridades que a usam (dizem que Victoria Beckham tem uma coleção com cerca de 100 Birkins em diferentes cores e tipos de couros e ganhou uma em crocodilo e diamantes no último Natal).
Há grande dificuldade de adquirir uma, não apenas pelo preço (entre cerca de U$9.000,00 a U$148.000,00 – (a Birkin de couro de crocodilo com diamantes) mas também pelas lendárias listas de espera.
Na quarta temporada do seriado Sex and the City a personagem Samantha briga com Lucy Liu (interpretando ela mesma) por comprar uma Birkin Bag em seu nome, fingindo que a bolsa era para a atriz (e por isto "furando a fila").
O americano Michael Tonello, comprava e vendia produtos no eBay e ficou sabendo da saga desesperada de muitas mulheres atrás de uma Birkin para chamar de sua. Ele conseguiu driblar a tal "lista" ao descobrir uma tática: ia numa loja HERMÈS, pedia vários outros ítens no valor de cerca de US$ 2 mil a US$ 3 mil, e só perguntava se a loja tinha alguma Birkin na hora de pagar.
Voilá, num piscar de olhos a cobiçada bolsa aparecia, bolsa esta que era revendida bem mais cara para suas clientes loucas em conseguir uma. Ele fez este "esquema" durante alguns meses, até que a HERMÈS descobriu e ele se tornou persona non grata nas lojas da grife. A história se tornou livro Bringing Home the Birkin (Levando a Birkin para Casa), que ainda não saiu no Brasil, mas dizem que é uma delícia. Nele ele afirma que comprou 130 peças!
A história
A tradicional e chique marca francesa HERMÈS, que ficou conhecida mundialmente pela cor laranja, começou sua história em 1837 quando um seleiro, Thierry Hermès, abriu uma loja em Paris onde vendia acessórios em couro como baús para carruagens, selas, estribos, malas, cintos com porta-moeda, botas e luvas (longas e curtas). A oficina foi chamada inicialmente de Caléche, que depois daria nome a um dos mais conhecidos perfumes da grife. Uma das novidades da década de 20 foi o lançamento, em 1923, das bolsas com zíper, uma grande novidade para época. Ainda nesta década, seu neto, Émile-Maurice, começou a desenhar roupas feitas de couro de veado. Isto culminou com o lançamento da primeira coleção feminina no ano de 1929.
O principal negócio da empresa era a produção artesanal de peças de couro, apesar de ter-se tornado famosa por dois produtos: lenços de cabeça com motivos eqüestres e a bolsa de couro em forma de trapézio chamada “Kelly”. Esta bolsa deve a Grace Kelly a fama internacional. A bolsa de couro Grace Kelly foi criada em 1935 e tinha um formato que lembrava um trapézio e a alça curta. O nome, adotado oficialmente em 1956, foi uma homenagem da marca à princesa de Mônaco porque ela jamais se separava da sua bolsa da HERMÈS, principalmente em suas freqüentes aparições na cultuada revista Life.
Em 1940, quando a Segunda Guerra Mundial fez sumir o estoque do fornecedor, a embalagem de cor bege utilizada pela grife, precisou ser trocada pela única cor disponível: o laranja. Era o início do surgimento de um símbolo da marca. Quando Émile-Maurice morreu em 1951, seu genro Robert Dumas assumiu o comando da marca. Ele foi o responsável pela introdução das gravatas, malas de viagens, toalhas de praia e perfumes da marca no mercado.
A história
A tradicional e chique marca francesa HERMÈS, que ficou conhecida mundialmente pela cor laranja, começou sua história em 1837 quando um seleiro, Thierry Hermès, abriu uma loja em Paris onde vendia acessórios em couro como baús para carruagens, selas, estribos, malas, cintos com porta-moeda, botas e luvas (longas e curtas). A oficina foi chamada inicialmente de Caléche, que depois daria nome a um dos mais conhecidos perfumes da grife. Uma das novidades da década de 20 foi o lançamento, em 1923, das bolsas com zíper, uma grande novidade para época. Ainda nesta década, seu neto, Émile-Maurice, começou a desenhar roupas feitas de couro de veado. Isto culminou com o lançamento da primeira coleção feminina no ano de 1929.
O principal negócio da empresa era a produção artesanal de peças de couro, apesar de ter-se tornado famosa por dois produtos: lenços de cabeça com motivos eqüestres e a bolsa de couro em forma de trapézio chamada “Kelly”. Esta bolsa deve a Grace Kelly a fama internacional. A bolsa de couro Grace Kelly foi criada em 1935 e tinha um formato que lembrava um trapézio e a alça curta. O nome, adotado oficialmente em 1956, foi uma homenagem da marca à princesa de Mônaco porque ela jamais se separava da sua bolsa da HERMÈS, principalmente em suas freqüentes aparições na cultuada revista Life.
Em 1940, quando a Segunda Guerra Mundial fez sumir o estoque do fornecedor, a embalagem de cor bege utilizada pela grife, precisou ser trocada pela única cor disponível: o laranja. Era o início do surgimento de um símbolo da marca. Quando Émile-Maurice morreu em 1951, seu genro Robert Dumas assumiu o comando da marca. Ele foi o responsável pela introdução das gravatas, malas de viagens, toalhas de praia e perfumes da marca no mercado.
A tradição de criar objetos para a casa vem desde a origem da marca, em 1837. No início, eram produzidas apenas pequenas peças: cinzeiros, toalha. Em 1974, surge o departamento Maison, na loja de Faubourg, em Paris, com a venda dos primeiros conjuntos de toalhas impressas, conhecidas como Léopards. Atualmente, o departamento de lifestyle do grupo desenvolve coleções de mobiliário para escritório, mesa e tapeçarias. Depois de uma passagem gloriosa do designer belga Martin Margiela, a HERMÈS contratou em 2003 o renomado Jean-Paul Gaultier para assumir o posto de estilista da grife.
A chave do sucesso da grife sempre foi à elegância e a sobriedade em suas coleções. HERMÈS não é uma marca que segue qualquer estilo. Na verdade, dita tendências, faz estilo. Sua união entre tradição é inovação, entre tecnologia e talento, é o segredo que confere tamanho frescor a uma marca nascida no século 18. Atualmente, a quinta geração da família está no comando da empresa, o atual presidente, Jean-Louis Dumas, é tataraneto do fundador.
A linha do tempo
1923 ● Lançamento da bolsa Boldie, primeiro modelo a ter zíper como fecho.
1935 ● Lançamento da bolsa Kelly.
1958 ● Lançamento da bolsa Trim, feita de lona com bordas de couro, uma das preferidas de Jack Kennedy.
1961 ● Lançamento do perfume Caléche, um dos mais famosos da história, que possuía uma flagrância deliciosa, suave e refrescante, resultado de uma combinação de essências de néroli, bergamota, limão, lírio-do-vale, sândalo e vetiver.
1969 ● Lançamento da bolsa Constance, modelo a tiracolo com fecho em forma de H na Ferragem.
1970 ● Lançamento da coleção de sapatos masculinos e femininos.
1984 ● Lançamento da bolsa Birkin, uma criação conjunta da cantora Jane Birkin e do presidente da empresa Jean-Louis Dumas. Um dos maiores sucessos até os dias de hoje.
2005 ● Lançamento do comércio on-line para a venda de seus produtos sofisticados. Os produtos somente são entregues na França, Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha.
2007 ● Foi responsável pela criação do helicóptero mais sofisticado do mercado. Tendo como base o elegante modelo EC135 da Eurocopter, o interior do veículo aéreo da grife francesa foi concebido pelo designer italiano Gabriele Pezzini, seguindo a tradição de luxo e sobriedade da marca até o último detalhe. Equipado com bancos forrados de pele, frigobar e oferecendo um grande conforto, o helicóptero se torna o transporte ideal para viagens aéreas de pequena e média distância. Tendo a produção limitada a seis unidades anuais, o EC135 HERMÈS poderá ser personalizado pelo cliente, não só na cor do exterior, como igualmente nos materiais utilizados na cabine.
O símbolo
O primeiro lenço de seda HERMÈS, inspirado nos modelos usados pelos cavaleiros, foi lançado em 1928 e rapidamente se tornou objeto de desejo de milhares de mulheres que o ostentavam como um sinal de classe e poder. Para a promoção desta peça de 90 centímetros e pintada à mão, muito contribuíram nomes famosos como a rainha Isabel II da Inglaterra, Grace Kelly, Audrey Hepburn, Catherine Deneuve, Jacqueline Bouvier Onassis e mais recentemente Sharon Stone, Sarah Jessica Parker, Hillary Clinton, Elle Macpherson e a cantora Madonna.
Desenhados por artistas conhecidos, os lenços seguem um longo processo de fabricação, que pode chegar a 30 meses, e necessitam em média de 24 cores diferentes (são vários modelos, longos, triangulares e quadrados, e o mais famoso é o carré Hermes, de 90×90 cm). Um luxo tipicamente francês. O sucesso destes lenços não se mede apenas por quem os usa mas também pelo número de pessoas que os compram: a cada 25 segundos é vendido um novo exemplar no mundo.
Por ano são lançadas duas coleções contendo 12 lenços que custam em média US$ 325.
A produção
Cada produto HERMÈS é exclusivo. Ainda hoje, mais de 165 anos depois de sua fundação, a empresa continua trabalhando com o mesmo padrão de qualidade e sempre primando pelo trabalho artesanal, pela exclusividade dos produtos e pelo valor agregado em cada peça.
A marca se orgulha de ser uma empresa moderna, atual, mas que nunca deixou perder sua identidade e sua preocupação em elaborar produtos que sejam fruto do talento humano, muito mais que da tecnologia. Diariamente, cada um dos 620 artesões que trabalham nas 33 fábricas do grupo se dedica a produção de uma única peça, do começo ao fim do processo.
A HERMÈS definitivamente não foi afetada pelas idéias do americano Henry Ford, que criou a linha de montagem. Cada artefato que sai dos ateliês da marca é assinado pelo profissional que o fez, permitindo rastrear com precisão eventuais defeitos de cada peça.
A produção escassa é o que garante a HERMÈS uma aura de exclusividade. Essa situação é mais evidente no segmento de bolsas, o produto de maior sucesso da empresa.
Para ter acesso a alguns dos modelos Birkin ou Kelly, os mais cobiçados do planeta, é preciso esperar dois anos e pagar cerca de R$ 20.000. Apesar de relativamente pequena, a HERMÈS tem conseguido se destacar em meio a um universo dominado por poderosos e gigantescos conglomerados de luxo. Para garantir este status, os proprietários da empresa matém uma intransigência quase visceral em relação aos padrões exigidos para as matérias-primas empregadas na confecção de seus artigos.
No início de 2007, os diretores da empresa dispensaram um lote inteiro de pele de crocodilo simplesmente porque a tonalidade apresentada pelo couro do animal, levemente amarelada, não condizia com a cor esperada pela empresa.
As clientes que estavam na fila à espera de uma bolsa feita com o material, uma das mais caras da grife francesa, estimada em R$ 80.000, tiveram que se conformar com um novo prazo de entrega, daqui a dois anos. Apesar deste incidente, não houve desistência nos pedidos. Por isso, hoje em dia, existem filas de espera quilométricas para alguns desses produtos, com destaque para os acessórios de equitação e as bolsas Kelly e Birkin. Uma bolsa HERMÈS que precise de conserto será reparada pelo mesmo artesão que a confeccionou.
Da mesma forma, os perfumes são pensados, elaborados e produzidos como verdadeiros poemas. São criados a partir da inspiração do perfumista Jean Claude Ellena e de seu talento para transformar, como ninguém, mensagens em aromas. São viagens de sensações e de alma.
O valor Segundo a consultoria britânica InterBrand, somente a marca HERMÈS está avaliada em US$ 4.57 bilhões, ocupando a posição de número 76 no ranking das marcas mais valiosas do mundo.
A marca no mundo
A marca está presente em mais de 60 países com 283 lojas próprias (+ 39 espaços em outras lojas - chamadas Store In Store) que vendem artigos de couro, perfumes, bolsas, lenços, roupas, jóias, relógios, gravatas, sapatos, entre outros produtos. O Japão representa o maior mercado para a marca que fatura €1.76 bilhões anualmente.
● Desde sua inauguração a grife francesa nunca fechou uma loja no mundo inteiro.
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