5 de maio de 2009

HENRI TOULOUSE-LAUTREC



Inspirada no Museu d'Orsay fiz uma pequena pesquisa sobre três impressionistas. Esta página é dedicada a Henri Toulose - Lautrec.

Nascido na nobreza francesa possuía uma linha de ancestrais de nomes aristocráticos. Seu pai era o conde Aphonse de Toulouse-Lautrec-Monfa, Alf para os amigos, e sua mãe Adéle Tapié de Céleyran. Queriam seus pais que o filho seguisse com esmero o mesmo caminho nobre de toda a sua família, tanto materna quanto paterna.

Toulouse-Lautrec sofria de uma doença desconhecida em sua época. Certamente uma distrofia poli-hipofisária, ou seja, um desenvolvimento insuficiente de certos tecidos ósseos. Sofreu dois acidentes em sua juventude e acaba fraturando o fêmur esquerdo e direito respectivamente. Os ossos mal soldados fazem com que Henri não ultrapasse a altura de 1,52m. Porém, o jovem não se deixava abater por tal infortúnio. Em seus longos períodos de cama, Toulouse-Lautrec fazia desenhos e pintava aquarelas, abrindo espaço para seu incrível talento que ainda se desfraldaria.


Aos dezesseis anos, foi estudar pintura com Léon Bonnat, professor rígido que não o agradava. Logo depois foi estudar com Fernand Cormon, cujo estúdio ficava nas ladeiras suburbanas de Montmartre, em Paris. É lá que Lautrec descobriu a inspiração que lhe faltava. Mudou-se para aquele bairro de má fama e encontrou seu lugar entre trabalhadores, prostitutas e artistas de caráter duvidoso. Começava sua nova vida.

Frequentador assíduo do Moulin Rouge e outros cabarés, o pequeno nobre acaba se acomodando muito bem naquele ambiente tão estranho que seus pais nunca aceitaram em ter o filho. O tema principal das pinturas de Toulouse-Lautrec era a vida boemia parisiense, que ele representava através de um desenho que lembra a espontaneidade do desenho satírico de Honoré Daumier, e uma composição dinâmica que poderia ter sido influenciada pela fotografia e as gravuras japonesas, dois fatores grande importância cultural no fim do século XIX.



Testemunha da vida noturna de Montmartre, Henri não apenas faz pinturas, como também cartazes promocionais dos cabarés e teatros, fazendo-se presente na revolução da publicidade do século XIX. O cartaz litográfico colorido é uma nova ferramenta de divulgação de locais de lazer parisienses. Trilhando o caminho de Jules Chéret, assim como Alfons Mucha, Toulouse-Lautrec revolucionou o design gráfico dos cartazes, definindo o estilo que seria conhecido como Art Nouveau.


A habilidade artística de Lautrec é bastante reconhecida, tanto pelos seus amigos da classe baixa quanto por críticos de arte. Participa do Salão dos Independentes em Paris, da exposição dos Vinte e das galerias de Boussod e Valadin.

Em 1899, a vida desregrada e o excesso de álcool finalmente cobram seu preço do artista. Lautrec sofre de crises e é internado numa clínica psiquiátrica. Ao sair é constantemente vigiado para que não beba e não volte a frequentar os bordéis, vigilância que ele consegue burlar. Sua saúde vai-se deteriorando cada vez mais, até que em 1901 não é mais capaz de viver sozinho. Henri despede-se de Paris com a certeza de que está com os dias contados. Sofre ataques de paralisia e quase não consegue mais pintar.

Em 9 de Setembro de 1901, Henri de Toulouse-Lautrec morre nos braços de sua mãe, no Castelo de Malromé, perto de Bordéus.

"Moulin Rouge - La Goulue" (1889) é uma das obras mais significativas do pintor e litógrafo francês Henri Toulouse-Lautrec. Este cartaz, que mostra a dançarina de cancã se apresentando para uma platéia masculina, consagrou uma nova ferramenta de divulgação das opções de lazer na vida noturna parisiense.

O estilo pessoal de Toulouse-Lautrec, de linhas livres e onduladas, transgride as proporções anatômicas e as leis da perspectiva em favor da expressividade. Cores intensas, em combinações rítmicas, a simplificação do contorno e o uso de grandes áreas em uma só cor sugerem movimento às litografias do artista

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